terça-feira, 2 de março de 2010

Projeto Doces Matas será apresentado na II Mostra de Desenvolvimento Regional

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), vinculada ao Ministério da Integração Nacional, apresentará o Projeto Doces Matas, na II Mostra Nacional de Desenvolvimento Regional, a ser realizada em Florianópolis (SC), entre 10 e 14 de março. Este projeto está entre os quatro a serem apresentados pela entidade como experiências de sucesso em desenvolvimento regional.
Doces Matas é uma ação do programa de revitalização do rio São Francisco, com foco na recuperação de matas ciliares e na inclusão socioambiental de comunidades rurais, promovendo a geração de renda em função de ações de conservação ambiental.
O Projeto desenvolveu as atividades de apicultura, meliponicultura (abelhas nativas), produção de bijuterias com sementes de plantas nativas (biojóias) e aproveitamento da casca do coco seco. Essa casca, que antes era queimada e poluía o meio ambiente, hoje se transforma em vasos e substrato para produção de mudas destinadas ao reflorestamento e à produção de composto orgânico e húmus de minhoca, reduzindo assim os resíduos orgânicos na área rural.
Na apicultura e na meliponicultura, a Codevasf distribui às comunidades kits apícolas (colméias, vestimentas e acessórios) e mudas florestais para a recuperação das áreas. Em contrapartida, as comunidades cedem a área para recuperar, plantam as mudas, cercam as áreas e promovem a sua manutenção, com adubação, coroamento e combate às formigas. As mudas produzidas pela Codevasf são em sua maioria melíferas, que produzem flores com aptidão para produção de mel, integrando a recuperação à atividade produtiva. As comunidades indicam as áreas ciliares e assinam termos de compromisso com o Projeto de Revitalização do Rio São Francisco, cedendo no mínimo oito metros da margem do rio para o plantio.
O projeto prevê também que, a cada ano, as comunidades adquiram no mínimo uma colméia apícola com os recursos provenientes da comercialização do mel, criando um sistema social rotativo, no qual as comunidades aumentam o seu capital anualmente com o investimento e beneficiam a cada três anos novas famílias com o repasse de colméias para o processo produtivo. Assim o projeto cria um sistema socioambiental de parceria.
Entre os resultados obtidos até agora estão: produção de mudas nativas com aptidão apícola e proteção ciliar; recuperação de 200 mil m² de matas ciliares; inclusão socioambiental de 180 famílias; aumento na renda familiar em até 30% do salário mínimo; proteção de cinco nascentes; conscientização ambiental de mais de 500 famílias; inclusão de mais de 50 hectares de áreas de preservação permanente no projeto; recuperação da fauna de abelhas nativas; redução do desmatamento para produção de carvão nas comunidades beneficiadas; implantação de floresta comunitária; desenvolvimento de pesquisas aplicadas com fauna e flora nativa; beneficiamento anual de sementes nativas de mais de 50 espécies de plantas; capacitação de mais 100 jovens em atividades sustentáveis.

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